tag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post510940612948082251..comments2017-06-21T10:48:50.187+01:00Comments on Visões da Saúde: Sistema: doente, utente ou cliente?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02875638065412785786noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-86475941741878919472008-06-06T18:47:00.000+01:002008-06-06T18:47:00.000+01:00Ora o doente, subentende-se de grosso modo, alguém...Ora o doente, subentende-se de grosso modo, alguém que padece de uma ou mais patologias que necessariamente terá que ser muito bem acompanhado, diagnosticado e, obviamente, tratado. E sempre que se fala de doente, fala-se de alguém que precisa de ajuda, ainda que alguns não tenham consciência dessa necessidade. Ora nem sempre o doente é tratado como tal, seja qual for a sua condição, tenha ou não doença que justifique, o certo é que muitas vezes é tratado como mero utente ou mais grave, é tratado como um cliente. O que não me parece a melhor opção de parte dos técnicos de saúde. <BR/>Todavia o sistema que nos é imposto leva-nos tendencialmente a considerar o doente como um utente, sendo que não haverá mal algum nisso, desde que o doente seja tratado com dignidade na sua condição humana de enfermo e carente de ajuda em todos os aspectos.<BR/>Há no entanto, por parte de muitos, quer alguma classe médica, quer grandes grupos económicos com interesses na saúde, a predisposição de tratar os doentes como clientes, que na verdadeira acepção da palavra, não é nem mais nem menos que a venda de um produto, neste caso a saúde e por tal são os doentes tratados de acordo com as suas possibilidades económicas, já que esses grupos e alguns médicos que lhes estão associados, não visam senão o lucro.<BR/>Ora, como é sabido, muitos dos doente que poderiam ser tratados de uma forma célere, eficaz e barato (para falarmos numa linguagem economicista), não o são, quando são tratados como clientes. Aliás, há vários exemplos. Eu próprio andei durante algum tempo (demasiado) a ser "tratado" numa organização de saúde privada, na qual fui tratado como cliente, rigorosamente cliente, de acordo com os critérios económicos e do seguro de saúde que possuo, em detrimento dos critérios médicos. <BR/>Que sistema? <BR/>Doente, naturalmente.<BR/>Até porque, pelo que eu tenho observado, somos muito mais bem tratados como doentes, do que como clientes. <BR/>Embora não rejeite de forma alguma a designação de utente. <BR/>Sendo certo, cada vez mais, devem os serviços públicos "oferecer" aos seus utentes um serviço de qualidade e atendimento de excelência, que em sintonia com os demais "serviços" (técnicos de saúde), pautem a sua actuação por um verdadeiro serviço público à disposição do doente.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-90496960264509577862008-06-05T22:38:00.000+01:002008-06-05T22:38:00.000+01:00Comunicar pressupõe ouvir sem preconceitos e isso ...Comunicar pressupõe ouvir sem preconceitos e isso leva mesmo muito tempo a treinar.Felizmente muitos técnicos de saúde interessam-se por essas questões e procuram múltiplas formas de melhorar a relação com os pacientes.Uma relação de confiança pode fazer milagres diagnósticos e terapeuticos,entre varios outros beneficiosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-61891373719855830412008-06-05T09:36:00.000+01:002008-06-05T09:36:00.000+01:00Na verdade, todos os profissionais envolvidos no a...Na verdade, todos os profissionais envolvidos no atendimento aos cidadãos nos Cuidados de Saúde Primários recebem formação na área do atendimento / comunicação / qualidade de atendimento... Por exemplo, os médicos de família recebem formação sobre a comunicação na consulta durante a sua licenciatura. Depois, durante o internato médico (tempo de especialização) voltam a receber formação neste âmbito. Neste campo, a formação tem qualidade e é, regra geral,muito prática, com a realização de simulações de consulta e treino de situações mais delicadas.<BR/>Eu costumo dizer aos meus alunos: " a forma como comunicamos com os nossos pacientes não nos é inata... também necessitamos de a trabalhar, de treinar, de aprofundar conhecimentos e, certamente, iremos evoluir na forma como comunicamos com os nossos pacientes, à medida que nos vamos tornando mais experientes."Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-66112472518805973272008-06-02T15:10:00.000+01:002008-06-02T15:10:00.000+01:00Antes de mais, parabéns por este blog, ele já é e ...Antes de mais, parabéns por este blog, ele já é e vai ser, um bom serviço médico nas suas várias vertentes.<BR/>Doente, cliente, utente, acho que as três se encontram pacificamente. Sinto por experiência própria, que haverá sempre muito que fazer, no serviço público de saúde, assim todas entidades envolvidas procurem sempre um entendimento num verdadeiro Serviço Nacional de Saúde <BR/>Fernando RodriguesUnknownhttps://www.blogger.com/profile/09433810016138957091noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-8242331202992303532008-05-30T21:50:00.000+01:002008-05-30T21:50:00.000+01:00A formação pessoal talvez tenha de vir antes da fo...A formação pessoal talvez tenha de vir antes da formação académica.Há quem necessite de ver ao lado da pessoa de quem está a cuidar os euros que ela lhe poderá render...Como no SNS esse aspecto ainda não está bem discriminado, há quem proceda de forma completamente indigna no SNS, embora tenha formação para tratar de forma Vip...mas noutro contexto. Vergonhoso,lamentável mas infelizmente real.Não esquecer que há excepções que só confirmam esta regra. A eterna promiscuidade entre o público e o privado.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-19623343613768037302008-05-29T23:28:00.000+01:002008-05-29T23:28:00.000+01:00À semelhança do Sérgio, ocupo neste debate o lugar...À semelhança do Sérgio, ocupo neste debate o lugar do paciente... Como doente, sinto que já fui tratado "abaixo" de utente, mas tb já fui tratado como cliente VIP(mesmo no SNS!)... O que é que fiz de diferente para receber tratamentos tão distintos? Nada. Tudo dependeu dos profissionais que encontrei. Na primeira situação, dei comigo a reflectir sobre a formação que os médicos receberão (ou não) sobre atendimento ao cliente, atitudes assertivas, qualidade e formas de comunicação... Na segunda... senti-me feliz e iludi-me pensando "estamos a evoluir"... O que poderá ser feito para que a primeira situação ocorra cada vez menos? Deixo a questão... Talvez os Srs. Drs. deste debate me saibam responder...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-88206996273227400832008-05-29T00:04:00.000+01:002008-05-29T00:04:00.000+01:00A palavra utente tem um contorno estético pobre e ...A palavra utente tem um contorno estético pobre e nada atractivo. No entanto parece-me a mais adequada para designar quem utiliza os serviços de saúde.Esse alguém, antes de mais uma PESSOA, pode estar doente ou julgar-se doente ou ainda estar em perfeita saúde e querer preservá-la ou promovê-la.O sistema deverá estar organizado de forma a acolher quem o procura de forma pacifica, eficiente e eficaz.E também como um todo e não partido em fatias , orgãos ou produtos biológicos.<BR/> O lucro? Será revelado pela satisfação dos que o procuram e dos que lá trabalham.Parece simples! Porque não acontece mais vezes? Falta de formação? Falta de prazer no saber fazer?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2401446334733598911.post-81576773304339675402008-05-28T00:26:00.000+01:002008-05-28T00:26:00.000+01:00No dicionário Lello Universal, edição de 1978, pod...No dicionário Lello Universal, edição de 1978, pode ler-se:<BR/>Utente – O que usa.<BR/>Doente – Que tem qualquer alteração na saúde; Que sofre incómodo físico ou moral.<BR/>Cliente – Pessoa protegida; Aquele que é tratado habitualmente por um médico; etc.<BR/>Nos nossos dias, na minha opinião, a palavra “Cliente” é aquela que melhor se adapta à pessoa que procura os bens e serviços existentes numa Unidade de Saúde Familiar, porque é:<BR/>- Protegida das ameaças geradas pelo próprio acto de viver. Essa protecção é consubstanciada na vacinação, planeamento familiar, saúde materna, saúde infantil, na educação para a sexualidade e no acesso a bens no âmbito do rendimento solidário para idosos, obtenção de isenção de taxas moderadoras e outros.<BR/>- Aquela que é tratada habitualmente por um médico – toda a pessoa que recorre ao médico de família quer para se proteger das doenças evitáveis, quer para procurar solução para os problemas causados por aquelas que não pode evitar. <BR/> Modernamente, o conceito de “Cliente” ganhou força também pelo facto dos serviços públicos de saúde terem deixado de ser vistos e sentidos como locais onde se praticava uma variante de caridade para doentes e utentes e passaram a ser entendidos como centros de partilha de direitos e obrigações de cidadania.<BR/>Adelaide Macedo (Administrativa)Anonymousnoreply@blogger.com